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Há mais duas empresas Portuguesas na elite Europeia da Inovação
A FASTinov e a UBQ II são as mais recentes PME portuguesas a entrar na 'Liga dos Campeões' da inovação europeia, com projetos aprovados no programa Horizonte 2020. São mais de 2 milhões de euros de financiamento comunitário que irão contribuir para o lançamento de soluções disruptivas desenvolvidas por empresas portuguesas.
A FASTinov, uma PME com ligações à Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, tornou-se na primeira empresa portuguesa a coordenar um projeto financiado através do Fast Track to Innovation do Horizonte 2020. A Comissão Europeia visa através deste programa apoiar ideias disruptivas com elevado potencial de negócio. O projeto da FASTinov foi um dos 16 selecionados de entre 263 propostas na 1ª Call de 2016, e tem como objetivo lançar no mercado uma tecnologia que permite determinar a melhor forma de combater uma infeção em menos de 2h. O consórcio de entidades liderado pela FASTinov irá receber da Comissão Europeia cerca de 2,6 milhões de euros para apoiar o lançamento desta tecnologia no mercado, dos quais cerca de 1,6 milhões de euros para entidades nacionais.
A UBQ II é segunda PME Portuguesa a beneficiar de financiamento através da Fase 2 do SME Instrument, um dos programas mais populares e competitivos do Horizonte 2020, que visa apoiar PMEs com soluções disruptivas e ambições globais. A UBQ II é uma microempresa sediada na Madeira, que se dedica à produção de extratos naturais obtidos a partir de macroalgas marinhas. O seu projeto foi o único financiado das 16 propostas submetidas no tema da economia do mar na 1ª Call de 2016. Este projeto, no valor total de 1,1 milhões de euros, visa apoiar a comercialização de um bio-extrato de iodo, com potencial no tratamento de inúmeras doenças do foro endocrinológico.
A participação nacional no SME Instrument ascende agora a 27 empresas com projetos da Fase 1 e duas da Fase 2. Além destas, existem mais quatro empresas com participações em projetos do Fast Track to Innovation. O financiamento comunitário para empresas portuguesas através destes dois programas do Horizonte 2020 ultrapassa já os 5 milhões de euros. A lista de empresas portuguesas que conseguiram financiamento no SME Instrument pode ser consultada aqui.
O Gabinete para a Promoção do Programa-Quadro (GPPQ) tem desempenhado um papel preponderante na divulgação dos concursos do Horizonte 2020, e no apoio prestado às entidades participantes. Desde 2014 que o GPPQ tem vindo a realizar por todo o país workshops de formação sobre a elaboração de propostas ao SME Instrument (18) que envolveram cerca de 300 participantes. Essas ações são depois complementadas com apoio individual junto de cada empresa na revisão das suas candidaturas.
Em 2 anos, o GPPQ já apoiou a revisão de 48 propostas à Fase 1, das quais 7 foram financiadas. Isto corresponde a uma taxa de sucesso das propostas revistas pelo GPPQ de 15%, o dobro da média europeia. Na Fase 2, a equipa do GPPQ já deu apoio a 22 propostas. Desse esforço ainda não resultou nenhuma proposta financiada, mas a percentagem dessas propostas que ficaram acima do threshold, isto é, que passaram o limite mínimo para serem consideradas com qualidade suficiente para financiamento, foi de 36%, equivalente à taxa a nível europeu que é atualmente de 37%. De realçar também o enorme progresso que tem sido feito, relativamente à percentagem de propostas nacionais que ultrapassaram o threshold. Como se pode verificar na tabela abaixo, de 2014 para 2016 este valor tem vindo a aumentar continuamente de forma assinalável, refletindo o acompanhamento mais próximo do GPPQ junto das empresas.
| Fase 1 | Fase 2 |
2014 | 7% | 20% |
2015 | 22% | 29% |
2016 | 25% | 38% |
Até ao momento, o financiamento comunitário para entidades nacionais no H2020 atinge já os 285 milhões de euros, o que reflete um crescimento consistente desde o anterior programa-quadro, quer no montante de financiamento obtido, quer na percentagem captada face ao orçamento disponível. A participação nacional no Horizonte 2020 é atualmente muito abrangente, contabilizando-se 56 coordenações, 378 projetos 551 participações. A maior fatia do financiamento (65%) destina-se naturalmente às Universidades e Centros de Investigação, cabendo os restantes 26% às empresas, e 9% a entidades públicas ou sem fins lucrativos. A ANI, Agência Nacional de Inovação, tem atuado como interlocutor principal do GPPQ para a participação das empresas no Horizonte 2020, que até ao momento totaliza 99 PMEs e 107 grandes empresas.
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